Esse video mostra alguns momentos da travessia. A trilha sonora é um poderoso mantra tibetano,Om mani padme hum - o Grande Mantra que, em apenas seis sílabas, condensa um dos mais vastos e profundos ensinamentos. Om é considerado o som original e a vibração primordial que originou o mundo; mani significa jóia, inserida no coração de um lótus, o padme, e hum simboliza a luz infinita. Este mantra favorece a "eclosão do lótus", isto é, a abertura da consciência, para que se revele a jóia deslumbrante do Conhecimento.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
quinta-feira, 5 de julho de 2007
segunda-feira, 21 de maio de 2007
sábado, 19 de maio de 2007
Comentarios quase finais.
Na proxima semana, quando chegar ao Brasil, vou atualizar o blog com dados de altimetria e outras informacoes interessantes. No processo de retorno ao Brasil estou ficando dois dias na India. Amanha dia 20 inicio o voo de volta que ser'a via Chicago e Miami. Aproveito tambem para deixar os leitores do blog avisados, que em junho estarei fazendo a noite de autografos do meu novo livro, O Guia da Mountain Bike.
Ate' mais.
Ramalho
Ate' mais.
Ramalho
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Dia 17 - Chegamos a Katmandu.
1069Km depois, e estamos de volta a Katmandu. Missao cumprida. No caminho entre Dulikhel e Katmandu paramos numa cidade chamada Baktphur, restrita a carros e muito bonita.
Chegamos em Katmandu por volta das 14:00. Pedalar na zona urbana da cidade foi a maior aventura dessa travessia. Sobreviver aos 18Km do caotico trafego e aos loucos motoristas locais nao foi facil.
Dentro desta lambreta cargueira, estavam amontoadas umas 15 pessoas.
Em breve mais detalhes da nossa chegada.
Dia 16 - Chegamos ao Nepal
Depois do incrivel downhill de 70Km do dia anterior, teriamos mais 90Km at'e chegar em Dulikhel no Nepal. A fronteira com o Nepal ficava apenas a 8 Km da cidade tibetana que haviamos dormido. Foi uma odisseia atravessar. Primeiro do lado tibetano, passaportes carimbados. Depois o caminhao com as bagagens foi a nossa frente, e entre o lado tibetano e o Nepal, havia uma zona de ninguem de 8Km. Ao chegar no lado do Nepal, ficamos esperando o caminhao. Mas nada dele aparecer. Depois de uma meia hora, veja minha mala passar nas costas de um rapaz, ai percebemos, que todas as malas estavam atravessando nas costas de carregadores.
O local era uma confusao total e fazia parecer um paraiso o caos da Ponte da Amizade em Foz do Iguacu.
O local era uma confusao total e fazia parecer um paraiso o caos da Ponte da Amizade em Foz do Iguacu.
Nesse dia tivemos uns 50 Km de descida entre estrada de terra e asfalto. Depois uns 40 de subida ate Dulikhel. A seguir algumas fotos deste dia...
Dormimos com a expectativa de chegar a Katmandu, que estava a apenas 35Km.
terça-feira, 15 de maio de 2007
Dia 15. Isso sim e' downhill.
Depois dos dois passos do dia seguinte, comecamos o dia mais esperado. Seriam 70Km de descida por estrada de terra, em cenarios espetaculares. Canions com mais de 600m de altura, cachoeiras, e a vegetacao verde voltando ao cenario. Em 70 Km desceriamos de 4400m para 2200.
No comeco estavamos acima das nuvens, depois dentro, e depois abaixo delas.
No meio do caminho, tinhamos que lutar contra tratores e caminhoes, pois a estrada estava em obras em quase toda sua extensao.
A cidade de Zhangmu onde iremos dormir fica na encosta e uma unica rua ou estrada, agora asfaltada, serve de passagem para enormes caminhoes.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Um dia especial
Mais uma noite com neve. A paisagem ao amanhecer 'e belissima, mas o frio da noite nao foi facil.
Bikes dormindo ao lado das barracas
Fazendo pose de que nao tava com frio.
Saímos de 4300m e passamos por dois passos de 5000m. A vista e magnifica.
Rafael, meu colega de pedalada, chegando ao Thang pass mostrado na foto anterior
Encontramos dois franceses que vieram pedalando desde Moscou. Eles estao pedalando uma tandem, bicicleta de dois lugares. Vao ate Katmandu, e de la' pegam um aviao ate o cairo e pedalam ate Paris. Estao pedalando ha nove meses.
Hoje é o último dia de acampamento. Em 3 dias chegamos a Katmandu.
--- Enviado usando um telefone celular Sony Ericsson
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domingo, 13 de maio de 2007
Decisão acertada
Exausto após chegar ao acampamento base, decidi não pedalar no dia seguinte. Faltavam dois Km para chegar ao acampamento base e eu ja estava vendo tudo em preto-e-branco. Ainda bem que o John, um escoces muito legal do grupo estava por perto e me deu um chocolate. Eu achava que tinha umas barrinhas na mochila, mas estava enganado. A 5200 nao 'e facil nao.
A aclimatacao dusta a chegar. Três pessoas optaram também por nao pedalar. O dia foi terrível, com neve, tempestades de areia e ventos de mais de 60km. O carro sacudia tanto que pensei em voltar a pedalar. Foi melhor assim. Me recuperei para o dia seguinte.
A aclimatacao dusta a chegar. Três pessoas optaram também por nao pedalar. O dia foi terrível, com neve, tempestades de areia e ventos de mais de 60km. O carro sacudia tanto que pensei em voltar a pedalar. Foi melhor assim. Me recuperei para o dia seguinte.
O riacho ao lado do acampamento com as bordas cobertas de neve e, ao fundo, o Monte Choyo, com mais de 8000m de altura.
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Abaixo de zero grau
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Cheguei ao acampamento base
Acordamos as 9 da manha e depois do cafe a excitacao para ir ao acampamento base tomou conta de todos. Alguns optaram por ir a pe', eu escolhi a bike, pois chegar ao acampmento base com ela era um dos propositos desta expedicao.
Depois de tres quilometros, uma barreira impede que carros passem. Apenas veiculos de apoio de quem esta escalando o Everest podem passar. Dali, so' a pe' , bike ou em carrocas de aluguel.
No meio do caminho, distante uns quatro Km, pedi para tirarem uma foto minha e o Everest aparecia maravilhoso ao fundo.
Dois quilometros antes de chegar o tempo comecou a mudar. Uma nevasca caia sobre ele quando cheguei ao acampamento. Na foto abaixo, ele esta encoberto pela neblina.
Estou muito feliz, mas quase desmaiei para chegar. faltando 2 Km eu estava meio baqueado e quase enxergando em preto-e-branco. Marquei bobeira com a alimentacao. Parei um pouco e vi que estava sem barrinhas na mochila. Para minha sorte os outros membros do grupo estavam chegando e me cederam algumas. Ufa!
Esse momento foi magico, pois era um dos propositos desta expedicao. Pedalar ate o acampamento base, a 5200m de altitude.
Depois de tres quilometros, uma barreira impede que carros passem. Apenas veiculos de apoio de quem esta escalando o Everest podem passar. Dali, so' a pe' , bike ou em carrocas de aluguel.
No meio do caminho, distante uns quatro Km, pedi para tirarem uma foto minha e o Everest aparecia maravilhoso ao fundo.
Dois quilometros antes de chegar o tempo comecou a mudar. Uma nevasca caia sobre ele quando cheguei ao acampamento. Na foto abaixo, ele esta encoberto pela neblina.
Estou muito feliz, mas quase desmaiei para chegar. faltando 2 Km eu estava meio baqueado e quase enxergando em preto-e-branco. Marquei bobeira com a alimentacao. Parei um pouco e vi que estava sem barrinhas na mochila. Para minha sorte os outros membros do grupo estavam chegando e me cederam algumas. Ufa!
Depois da foto no marco do acampamento base, subi num pequeno morro e tirei outra foto.
Esse momento foi magico, pois era um dos propositos desta expedicao. Pedalar ate o acampamento base, a 5200m de altitude.
Ficamos quase duas horas debaixo de um vento gelado, esperando que o tempo melhorasse, mas o caprichoso Everest nao estava de bom humor. Uma hora depois de chegar ao nosso acampamento, o tempo abriu e nos brindou com uma linda vista do Everest.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Nono dia - Pangala pass 5280m
75km com 30 de subida. A estrada formava caracois. 42 curvas foram vencidas. Do alto do passo avistamos 4 das montanhas com mais de 8000m.
--- Enviado usando um telefone celular Sony Ericsson
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terça-feira, 8 de maio de 2007
Oitavo dia - Baixas na equipe
Hoje o dia foi muito duro. O percurso total de 70 km foi iniciado com uma subida continua de 25Km, que nos levou de 4300 a 5280m. Na subida tres nevascas tornaram a pedalada insuportavel. Na foto acima voces podem ver a nevasca vindo. em dez minutos o tempo mudava completamente.
No ponto mais alto da travessia.
Neville, nosso companheiro da nova Zelandia, desmaiou na minha frente, enquanto almocavamos. Mal de altitude. levamos ele no carro de apoio ate o final do trecho.
Devo ficar alguns dias sem postar pois iremos para o acampamento base amanha. Tento atualizar o blog pelo celular.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Setimo dia - Lhatse
Nosso percurso incluia uns 65 Km com um passo, o Yulong a 4520m. Saimos de 4000m, e depois de uns 20 Km, chegou a subidona de uns 7Km. Eu comecei o dia meio cansado, fui comendo barrinhas energeticas e no meio da subida passaram dois caminhoes bem lentos. Quando o primeiro passou, pensei: Vou pegar uma rabeira. Nao, nao vou fazer isso. Quando o segundo caminhao passou, disse: E' nesse que eu vou. Foram uns 4Km maravilhosos subida acima.
No alto do passo, milhares de bandeiras com frases e oracoes ornamentavam o topo da montanha.
A descida de 7Km foi muito boa, atingindo velocidades de mais de 65Km. Ao seu final, uma reta de 25Km nos levou ao local do almoco, onde existia uma fonte de agua quente que serviu de banho quente para todos do grupo.
Estavamos a 13Km de Lhatse e a 18 do acampamento. Quando soube destas medidas, falei com o Raphael, e decidimos dormir num hotel chichilento da cidadezinha, mas que ainda sim era melhor do que ficar no acampamento.
Sexto dia - Acampamento
Este seria um dia para ser tao bom quanto o anterior. Saindo de Shigatse deveriamos percorrer 70Km. Tinhamos dois aclives nao muito grandes e o resto, pista plana. Depois do almoco o guia no disse que teriamos 35KM ate o acampamento. pegamos agua suficiente para esta pedalada.
Acontece que o infeliz estava enganado. quando atingimos 40 km, paramos e outros membros do grupo se reuniram, preocupados com a possibilidade de termos perdido o local do acampamento.
O tempo por aqui me surpreendeu. Nos ultimos dois dias estamos com temperaturas acima de 30 graus. E aqui o sol castiga mesmo. Contiamos a pedalar achando que a cada curva veriamos o acampamento. Foram mais 20Km, com vento contra e sem agua. O carro de apoio devia nos esperar no meio do percurso. Mas que nada. Eu cheguei no limite das minhas forcas. Ja estava enxergando em preto-e-branco.
Nao tive duvidas em aplicar um instrumento de crescimento verbal no guia. No acampamento, que ficava proximo a umas casas de camponeses, viramos animais de zoologico. Um bando de criancas, curiosas, em principio, e inconvientes depois de alguns minutos, insistiam em querer entrar nas tendas, pegar nas bicicletas. Como todos estavam exaustos, a paciencia foi curta e tivemos que dar um peguei nelas. Deitado dentro da tenda, com dor de cabeca, comeco a escutar um monte de sinos. Acho que chegou minha hora, pensei! Que nada, um rebanho de ovelhas atravessava o acampamento. A noite nao foi tao fria como as anteriores, nossos novos cobertores nao precisaram ser usados.
Quinto dia Shigatse
Este dia foi o melhor de todos, em termos de pedalada. Acordei bem e depois do cafe da manha, pegamos 90Km de asfalto plano, que propiciaram velocidades de ate 38Km/h. O vento pelas costas ajudou bastante. O trajeto foi monotono em termos de paisagens. Plantacoes dos dois lados da estrada permearam todo o percurso.
Chegando a Shigatse, fomos atras de algumas mantas ou cobertores para colocar por cima do saco de dormir. Nosso medo de baixas temperaturas nao nos deixava em paz.
Quarto dia - Gyantse
Depois de ultrapassar o Karo Pass e ter uma noite de sono muito dificil, causada pela baixa temperatura, o dia de pedalada foi relativamente tranquilo. A estrada continua sendo de terra, e temos um passo de 4500m a ser ultrapassado.
Durante o caminho, varias vilas de camponeses foram sendo ultrapassadas e em todas elas, as criancas apareciam nos dando tchau, acenando, pedindo alguma coisa, e de vez em quando, atirando uma pedra.
A agricultura 'e a base da sobrevivencia nesse pais que 'e maior do que a Inglaterra e Franca, mas que tem menos de dois habitantes por Km/2.
O Passo, que nao me recordo o nome agora, tinha 4700m e dele se podia ver um lago artificial que colhe as aguas de degelo.
A partir dali, a descida foi de uns 7 Km, porem em estrada muito esburacada, onde eu sofri bastante com minhas duas suspensoes quebradas. No final da descida, almocamos e seguimos num terreno relativamente plano ate' a cidade de Gyantse, com o seu enorme monasterio.
Conseguimos achar um restaurante de comida chinesa onde achei um prato muito bom, era um picadinho de carne, nao sei do que, com cogumelos. Foi uma festa.
Me deram um cha com uns trecos esquisitos no fundo, como eu ja desisti de perguntar o que tem no prato ou no copo, tomei. Ainda to vivo.
Comida tem sido um problema, por mais que eu tente comer, a altitude afeta o apetite. Eu que costumo comer rapido e levar ate bronca por isso, estou demorando mais de 15 minutos para comer um prato com arroz, legumes e outra mistura. Acho que ja perdi uns 3 quilos.
Bem, a noite foi foa, num bom hotel.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
A travessia do Karo Pass
Esse dia nos reservou a passagem pelo Karo pass. 5045m de altitude. Haviamos acampado a 4400m. O percurso do dia consistiu em 30Km de pedalada em asfalto com a montanha Karo ao fundo.
Nao deu para comemorar muito pois o frio era intenso.
Ao sair do asfalto comecou a subida, durissima e agravada pela mudanca do tempo. Comecou a nevar no meio da subida, por duas vezes.
Nao deu para comemorar muito pois o frio era intenso.
Alguns quilometros depois, encontramos um grupo de criancas que voltavam da escola. Imaginem so' aqueles astronautas de capacete como chamaram sua atencao.
A criancada e o alienigena
No final da tarde, ja dentro da barraca, com a bicicleta e um grupo de ovelhas ao fundo, foi o final bucolico desse dia.
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